sábado, 30 de abril de 2011
terça-feira, 18 de novembro de 2008
POETAS ÁRCADES
A consciência árcade. Conhecido pelo pseudômino de GLAUDESTE SATÚRNIO. Cultivou a poesia lírica e épica..
. na lírica : tema desilusão amorosa. Seus sonetos é GLAUCESTE eu lírico pastor . NISE, sua musa inspiradora, personagem fictícia, incorpórea ( neoplatonismo ).
. na épica : poema Vila Rica, inspirado nas epopéias clássicas.
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
A renovação árcade. Seus versos com o pseudômino de MARÍLIA. Participou da INCONFIDÊNCIA MINEIRA, e foi exilado em Moçambique. A obra de Gonzaga, maior subjetividade, espontaneidade e emotividade.
Cultivou a poesia lírica : OBRA DE MARÍLIA DE DIRCEU
poesia satírica : CARTAS CHILENAS ( poema anônimo e imcompleto ).
O ARCADISMO NO BRASIL
Árcades brasileiros, destacam-se :
. na lírica : Cláudio Manuel da Costa; Tomás Antônio Gonzaga e Silva Avarenga.
. na épica : Basílio da Gama , Santa Rita Durão e Cláudio Manuel da Costa;
. na sátira : Tómas Antônio Gonzaga;
. na ecomiástica : Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto.
OBS : A poesia laudatória ou ecomiástica é um gênero poético destinado à exaltação ou homenagem a alguém.
A primeira obra árcade publicada no Brasil é OBRAS POÉTICAS, de Claudio Manuel da Costa. Tomás Antônio Gonzaga é considerado o principal poeta brasileiro do séc. XVIII.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
O ARCADISMO EM PORTUGAL
O gênero literário predominante foi o poema. Bocage é considerado o maior poeta português do séc. XVIII.
BOCAGE
É uma obra de transição, que apresenta simultaneamente aspectos dos dois movimentos literário ( Arcadismo e Romantismo ).
Primeira fase = temas e formas próprios do Arcadismo: ambiente bucólico; o fugere urbem , o ideal de vida simples e alegre ( aurea mediocritas ), a simplicidade e a clareza de idéias e da linguagem.
Segunda fase = Pré-romântica.
ARCADISMO
ARCADISMO = transformações por que passou a sociedade européia e a brasileira no séc. XVIII. Os artistas procuravam recuperar e imitar os padrões artísticos do Renascimento.
Na ITÁLIA = criaram em 1690 uma academia literária, denominada ARCÁDIA, procurando imitar a lenda grega. Com ideais de vida simples e natural.
No BRASIL e em PORTUGAL = a literatura se deu em torno dos modelos do Arcadismo Italiano, com a fundação de academias literárias, simulação de vida pastoral, ambientação campestre.
LINGUAGEM ÁRCADE= é a expressão das idéias e dos sentimentos do artista do séc. XVIII.
CARACTERÍSTICAS:
_o desprezo pela vida urbana;
_ o gosto pela paisagem campestre;
_o ideal de uma vida simples, integrada à natureza;
_ a presença de elementos da cultura greco-latina;
_ equilíbrio espiritual;
_racionalismo;
_cultivo de formas clássicas ( soneto e o verso decassílabo);
_ uso de uma linguagem simples ( vocabulário comum);
_ orações na ordem direta;
_poucas figuras de linguagem;
_ fugere urbem ( fuga da cidade) =os árcades defendiam o bucolismo como ideal de vida, o viver de modo simples e natural no campo.
_ aurea mediocritas ( vida medíocre materialmente mais rica em realizações espirituais)= a idealização de uma vida pobre e feliz no campo, em oposição à vida luxuosa e triste na cidade.
_ idéias iluministas = como expressão artística da burguesia. Idéias políticos e ideológicas dessa classe que defendiam o uso da razão e combatiam o Absolutismo.
_ convencionalismo amoroso = na poesia árcade quase sempre um pastor confessa o seu amor a uma pastora e a convida para aproveitarem a vida junto à natureza( impede a livre expressão dos sentimentos).
_ carpe diem = o desejo de aproveitar o dia e a vida enquanto é possivel.
ARCADISMO
Expressão artística da burguesia. Idealização da vida natural, em oposição à vida urbana;a humildade, em oposição aos gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo, em oposição a fé; a linguagem simples e direta, em oposição à linguagem complexa e elitista do Barroco. Uma contestação política pois propunham uma sociedade mais justa, racional e livre. Uma arte revolucionária no ponto de vista ideológico e é uma arte conservadora do ponto de vista estético.
sábado, 4 de outubro de 2008
O BARROCO
O BARROCO EM PORTUGAL
Pe. Antônio Vieira: a literatura como missão. Sua obra pertence tanto à literatura portuguesa quanto à brasileira. A maior parte de sua obra foi escrita no Brasil e está relacionada com as inúmeras atividades que o autor desempenhou como religioso, conselheiro ou mediador e representante de Portugal em relações economicas e políticas com outros países.
Valendo-se do púlpito _ único meio de propagação de ideias às multidões no Nordeste brasileiro no séc. XVII, pregou a índios, brancos e negros, a dominadores e dominados.
A Igreja de São Francisco, em Salvador, construída no séc. XVIII.
O BARROCO NO BRASIL
Século XVII, o Brasil presenciava o nascer de uma literatura própria. Começava a despontar os primeiros escritores nascidos na colônia, surgindo as primeiras manifestações do sentimento nativista, de valorização da terra natal.
A realidade brasileira tratava-se de um centro de comércio, de exploração da cana-de-açúcar, de violência, em que se escravizavam os negros e se perseguia o índio.
Os escritores encontravam na literatura um instrumento para criticar e combate
ou moralizar a população com os princípios da religião.
O Barroco no Brasil (1720 e 1750 ), guardo foram fundadas várias academias literária
por todo o país. A descoberta do ouro, em Minas Gerais, possibilitou o desenvolvimento de um Barroco tanto nas artes plásticas, que resultou na construção de igrejas de estilo Barroco no séc. XVIII.
Obra considerado o marco inicial do Barroco brasileiro é PROSOPOPÉIA (1601), de Bento Teixeira. Escritores barrocos brasileiros
. na poesia: GREGÓRIO DE MATOS; BENTO TEIXEIRA ; BOTELHO DE OLIVEIRA; FREI ITAPARICA.
. na prosa: PE. ANTÔNIO VIEIRA; SEBASTIÃO DE ROCHA E PITA E NUNO MARQUES PEREIRA.
CONTEXTO HISTÓRICO
Empenhou-se na descoberta de novos conhecimentos científicos e resgatou a cultura clássica.
.ECONOMIA
Revolução comercial, cuja política econômica, o mercantilismo, se baseava no metalismo, na balança do comércio favorável e no acúmulo de capitais.
A sociedade estava organizada em três classes impermeáveis: o clero, a nobreza e o Terceiro Estado ( camponeses, artesões e burguesia ). A burguesia ,pelo poder econômico, participava
das decisões políticas do Estado.
.POLÍTICA
Estado absolutista, sistema político baseado na centralização absoluta do poder nas mãos do rei, que se considerava representante de Deus na terra.
.ESPIRITUAL
Marcado pelos reflexos das crises religiosas ocorridas no século anterior: A Reforma (1517)
e a Contra- Reforma (1563).]
A Reforma = representou a cisão da igreja cristã e deu origem ao protestantismo e a uma verdadeira revolução religiosa na Europa.
A Contra-Reforma = reação da igreja católica, procurando combater a expansão do protestantismo e recuperar as áreas de domínio protestante. Tratava-se de uma época de ruptura e mudança de valores religiosos ( fermentavam novas teorias, reviam-se dogmas e valores antes inquestionáveis, perseguiam aqueles que ousavam discordar ou questionar).
ARTE BARROCA
Desenvolveu-se em seu contexto de abertura econômica, de fechamento político, de luta de classes sociais e de crises religiosas. O gosto barroco pela aproximação de realidades opostas, pelo conflito e pelas contradições violentas. Politicamente o homem da época sentia-se oprimido, enquanto economicamente se via livre para enriquecer. No plano espiritual, verificavam-se contradições.
A linguagem barroca, tanto na forma quanto no conteúdo, uma rejeição constante de visão ordenada das coisas. Os temas refletem os estados de tensão da alma humana, tais como vida e morte, matéria e espírito, amor platônico e amor carnal, pecado e perdão.
A construção, acentua e amplia o sentido trágico desses temas, ao fazer uso de uma linguagem de difícil acesso, rebuscada, cheia de inversões e de figuras de linguagem.
O homem do séc. XVIII era um ser contraditório, fruto da síntese entre duas mentalidades, a medieval e a renascentista
_ Fale com suas palavras sobre o assunto abordado, o que foi entendido, com um parágrafo de 03 a 05 linhas.
GREGÓRIO DE MATOS
Adequação e irreverência. É o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia lírica e satírica em nosso país. Foi irreverente como pessoa, ao chocar os valores e a falsa moral da sociedade baiana, quebrava os modelos barrocos as contradições e falsidades daquela sociedade, não se curvando ao poder das autoridades políticas e religiosas.
Em pleno séc. XVII, o poeta chegou a ser um dos precursores da poesia moderna brasileira do séc. XX. " Boca do Inferno " _ um romance de Ana Miranda; compõe um amplo painel da vida política e cultural da Bahia no séc. XVII.
.POESIA LÍRICA: _ Religiosa
_ Amorosa
_ Filosófica
Adequou-se aos temas e aos procedimentos de linguagens frequentes do Barroco Europeu.
_ LÍRICA AMOROSA= marcada pelo dualismo amoroso carne / espírito. Mulher é a personificação do próprio pecado, da perdição espiritual.
_ LÍRICA FILOSÓFICA = textos que se referem ao desconcerto do mundo e às frustações humanas diante da realidade. CARPE DIEM = a consciência da transitoriedade da vida e o tempo.
_ LÍRICA RELIGIOSA = fazendo uso de temas como amor a Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão, além de constantes referências bíblicas. A linguagem é culta e apresenta inversões e figuras de linguagem abundantes.
POESIA SATÍRICA
" O Boca do Inferno "= porque representa uma das veias mais ricas e ferinas de toda a literatura satírica em língua portuguesa. O poeta não´poupou palavrões em sua linguagem, nem críticas a todas as classes da sociedade baiana.
Foge plenamente dos padrões pré- estabelecidos pelo Barroco , por isso, pode-se chamá-la de poesia realista e brasileira, pela percepção crítica da exploração colonialista empreendida pelos Portugueses na colônia. Uma linguagem diversificada, cheia de termos indígenas e africanos, de palavrões, gírias e expressões locais. Sendo a língua do povo, talvez seja a primeira manifestação nativista da nossa literatura e o início de um longo despertar da consciência crítica nacional.
A CRISTO S. N. CRUCIFICADO estando o poeta na última hora de sua vida.
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
Em cuja lei protesto de viver,
Em cuja santa lei hei de morrer
Amimoso, constante, firme e inteiro;
Neste lance, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai , manso Cordeiro.
Mui grande é vosso amor e o meu delito;
Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar,
Que , por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
( MATOS, Gregório de, In: WISNIK, José Miguel, org.
Poemas escolhodos. São Paulo, Cultrix, 1976. p.298. )